quarta-feira, 7 de março de 2012

AMOR POSSESSIVO

 Sofrimento desnecessário, como o ciúme contamina as relações
Parece que o relacionamento amoroso sempre estará sujeito a dilemas e dentre os inúmeros conflitos que ocorrem em uma relação eu creio que o ciúme ocupa, de longe, o primeiro lugar. É incrível o número de pessoas que, além de sofrerem com esse sentimento, contaminam os seus companheiros com suas paranóias e cobranças.

É certo que, ao gostarmos de alguém, ficamos preocupados com a possibilidade de perdê-lo, mas há que discernir entre o sentimento de insegurança e a manifestação do mesmo. Sentir ciúme é natural e faz parte do comportamento humano, mas é preciso saber como lidar com este sentimento.
Por exemplo, se você sente raiva ou ódio de alguém, não vai sair por aí matando ou dando porrada. Você não tem esse direito! O mesmo se pode falar do ciúme. Não é porque você o sentiu, que tem o direito de aporrinhar a vida alheia. Este comportamento pode ser justificado por um parceiro realmente infiel ou pode ser também pura projeção de hábitos que se originaram no seu passado.

Conheci uma mulher que morria de ciúme de seu namorado, que tinha uma grande facilidade para fazer contatos e novas amizades. Ele não a traía, mas sua popularidade a incomodava muito. Por isso, ela fazia de tudo para que o rapaz se afastasse de todos, para ficar só com ela. Investigando seu passado, ela me contou que foi filha, sobrinha e neta única até os sete anos de idade, quando outras crianças começaram a nascer na família. Ela lembrou que, na época, ficou muito irada, não suportando a idéia de compartilhar o carinho dos adultos. Quando via seu pai conversando com sua irmãzinha, queria morrer de ciúme.

Aprofundando a questão, chegamos à conclusão de que nada havia mudado em seu comportamento atual. Com o namorado, ela continuava tão infantil quanto era na época de menina.
Outro caso que me chamou a atenção foi de um rapaz que ficou órfão de mãe muito cedo e por isso foi adotado por outra família. Isso gerou uma insegurança descomunal que ele acabava projetando em suas namoradas. Com medo de perdê-las, impunha um controle, uma vigilância tão grande que detonava a própria relação. Se no começo dos relacionamentos ele era muito simpático e sedutor, mais tarde se tornava obsessivo e insuportável.

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