terça-feira, 6 de março de 2012

MÃE É AGREDIDA PELOS FILHOS

Mãe sofre diariamente com agressões dos filhos usuários de drogas. Ela procura internamento, mas nenhuma providência foi tomada até agora pelas autoridades


Maria Jussara desabafa com a repórter do Programa Nossa Cidade


     “É uma situação de horror dentro de casa. É paulada, é xingamento, é quebrando minhas coisas, incomodando os vizinhos. Das 7 horas [da noite] até às 3 [horas], 4 [horas] da madrugada”. Essas palavras de desespero foram ditas por Maria Jussara Cardoso, 54 anos, mãe de dois usuários de álcool e drogas, do município de Fazenda Rio Grande.
         Maria mora de aluguel com o marido, o sobrinho e os dois filhos – um de 27 e o outro de 32 anos - que são envolvidos com entorpecentes desde a adolescência. “Quando eu descobri, não pude mais evitar”, lamenta Maria Jussara. O marido é doente, já foi operado por causa de um câncer e, segundo Maria, voltou a trabalhar, mesmo debilitado, pois, devido às brigas, não aguenta ficar em casa.
     “Eu quero que eles [filhos] sejam internados”, diz a mãe desconsolada com toda a situação. Maria é espancada e mal tratada todos os dias pelos filhos. Ela conta que já foi agredida com objetos na cabeça, pauladas, e teve até mesmo que ir ao médico para conseguir amenizar as dores. “Eles estão ficando loucos. Se cortam, gritam, dizem que nós os machucamos, batemos. Eu não encosto a mão neles”, afirma a mulher, que mostrou à equipe do Programa Nossa Cidade as marcas de agressões em seu corpo, as manchas de sangue pela casa e os resultados da violência em paredes e portas da residência.
     “Já procurei tudo o que eu podia procurar, tudo, tudo”, reclama. De acordo com Maria as autoridades não tomam providências. Já esteve na Delegacia de Fazenda Rio Grande, na Secretaria Municipal de Ação Social e no Fórum. “Eu não quero ver meus filhos mortos e nem quero morrer nas mãos deles também”, diz a mãe com lágrimas nos olhos. A Secretaria de Ação Social diz que não pode e que não vai fazer nada enquanto não sair a decisão judicial para o internamento.

A mulher mostra as marcas da violência que sofre dentro de sua casa



Marcas de sangue nas paredes e no colchão



A casa está bastante danificada por causa das constantes confusões ocorridas no local

Nenhum comentário:

Postar um comentário